A tradição manteve-se em jogos entre Aldeense e Corval. Não no que toca a resultados, mas pela emoção e pelos jogos bem disputados. Esta partida da ronda treze do campeonato, juntou os protagonistas - pela negativa - da jornada anterior. Como responderiam as equipas aos desaires do último jogo? Esta era a grande incógnita, ainda por cima, num encontro sempre difícil para ambas. As contrariedades começaram cedo para os visitantes. Roberto, chamado à titularidade depois de recuperar de lesão, voltou a magoar-se logo aos dois minutos. Enquanto o jogador do Corval era assistido fora das quatro linhas, sem se saber se recuperava, o Aldeense adiantou-se no marcador. Bruno (avançado do Aldeense), na cobrança de um livre em zona frontal à baliza, rematou colocado sem hipótese de defesa para Bruno (guarda-redes do Corval). Em desvantagem logo aos 4 minutos e sem Roberto que acabou por não voltar ao jogo, o Corval, com muito tempo para jogar, reagiu bem ao golo sofrido. A formação orientada por Balé, não perdeu a organização, comandou o jogo tirando toda a iniciativa ao seu adversário, de resto, o Aldeense apostou num futebol directo e praticamente não incomodou o guarda-redes Bruno. As oportunidades não foram muitas, pelo menos as flagrantes de golo, ainda assim, o Corval foi a equipa mais rematadora. Tanta insistência dos forasteiros acabou por ser premiada. Num livre marcado por Paulo Bento no lado esquerdo do ataque, a defesa da casa não aliviou convenientemente e Nuno Bernardino, bem colocado, rematou para o golo do empate. Jogava-se o tempo de compensação da primeira metade do jogo. Um prémio para os jogadores do Corval, por tudo o que fizeram até ao intervalo. Este golo obtido ao cair do pano da primeira parte seria mais um factor de motivação para a segunda parte. Do outro lado, sentimento inverso, sofrer um golo é sempre mau, mas naquela altura do jogo é péssimo. Os segundos 45 minutos trouxeram o Corval ainda mais afoito e dominante. O Aldeense não tinha capacidade de criar jogadas de ataque organizado, continuando a apostar em bolas batidas da defesa para os homens mais adiantados, no entanto sem conseguir importunar a baliza dos visitantes. O Corval voltou a estar perto do golo quando Nuno Bernardino esteve perto de desempatar, valeu o Guarda-redes Roberto (rendeu o lesionado Álvaro) sobre a linha de golo a evitar que o médio do Corval bisasse na partida. Ficou o aviso aos homens do Aldeense. Aos 79 minutos a demasiada cerimónia a aliviar a bola da sua grande área, deu origem ao segundo golo do Corval. Claudio Canilhas, à entrada da área rematou em arco sem hipótese para Roberto. Estava consumada a “cambalhota” no marcador. O Aldeense ainda esboçou a resposta mas sem sucesso. No final, a vitória do Corval foi merecida, porque foi a equipa que pegou no jogo, lutou muito contra as adversidades e provou que em alturas de “crise” a união faz a força. O Aldeense, bem se pode queixar da tarde repleta de contrariedades, além de sofrer um golo a segundos do intervalo, juntou mais três lesionados ao extenso lote existente. As substituições efectuadas por José Cartaxo - todas elas forçadas – podem ter alterado a estratégia da equipa, mas não poderão ser, por si só, justificação para tão pouco Aldeense durante a segunda parte, onde valeu a exibição de Rui Rodrigues para evitar males maiores.
Manuel Quadrado, árbitro da partida, não teve lances difíceis de ajuizar, contudo, pareceu-nos ter ficado um cartão vermelho por mostrar a Xilim, por aquilo que nos pareceu ter sido uma agressão a Zé Belo.
O Corval alinhou com:
Bruno; Álvaro (Ricardo Vitorino); Nuno Bernardino; Mário Amélio; David Lameira; Zé Belo; Vítor Bibiu (Hélio Santos); António Caeiro; Roberto (Canilhas); Paulo Bento; David Rodrigues.
Suplentes não utilizados:
André; Sérgio Fialho; Balé; Rui Santinha.
Rui Dener (R.C.Alentejo)
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