Corval e Arcoense encontraram-se na 12ª ronda do campeonato. Depois de terem sido ambas derrotadas na jornada anterior, nesta partida, as duas queriam redimir-se. Este não seria em perspectiva um jogo fácil para nenhuma das equipas, como se podia analisar na teoria. Se por um lado o Corval ainda não tinha sido derrotado em casa, ao mesmo tempo, do outro lado, estava uma equipa tremendamente eficaz fora do seu reduto, inclusivamente, tem mais golos marcados e menos sofridos comparativamente com os jogos em casa. É certo que isto é parte das estatísticas, mas deve servir para alguma coisa. Este jogo entre Corval e Arcoense, teve duas partes bem distintas. Os primeiros 45 minutos pouco têm para contar, uma vez que o jogo, além de ter sido “entretido”, foi dividido a meio campo com uma oportunidade clara de golo para cada lado. No entanto, saltou à vista que as duas equipas se respeitaram, pelo que, o empate ao intervalo se justificava plenamente. O que se passou nas cabines durante o descanso é-me totalmente desconhecido, contudo, os que se deslocaram ao Parque Desportivo de Corval, estavam longe de adivinhar a história que se havia de escrever na segunda parte. O Arcoense entrou praticamente a ganhar quando ao sexto minuto – 51 na globalidade - inaugurou o marcador por Luís Miguel após um bom passe de Catá. O Corval ainda esboçou a reacção ao golo sofrido. Quando parecia ter equilibrado o jogo, sofre o segundo. Após um pontapé de canto, a defesa do Corval não conseguiu afastar a bola da sua grande área, Luís Miguel aproveitou e aumentou a contagem, estavam decorridos 65 minutos. Ninguém afecto ao Corval queria acreditar no que se estava a ver. A equipa da casa não tinha reacção, estava partida e apostava em futebol directo. Desguarneceu a defesa e todos pensavam em atacar a baliza contrária. O Arcoense tirou o melhor partido do desnorte adversário e, seis minutos depois do segundo, ampliou a vantagem por Roberto Gato. Era fácil, muito fácil. O Corval deixava apenas dois homens na defesa, claramente insuficientes para travar os rápidos contra ataques a que se expôs. Cheirava a goleada e das grandes. Minuto 75, o Arcoense aumentou a contagem novamente por Luís Miguel, fez o seu terceiro no jogo, o quarto dos visitantes. Onze minutos depois, foi a vez de Telmo marcar fixando o resultado final. Vitória gorda e merecida do Arcoense, que fez o necessário para construir um resultado robusto, de resto, foi a equipa que soube ter estrutura mental e organização para jogar futebol durante a segunda parte, muito por força da inexistência do Corval como equipa durante a segunda metade do desafio. Foram os piores 45 minutos do Corval nesta temporada. Para se ganhar jogos não basta ter jogadores acima da média nestas competições, é preciso funcionar em equipa. O futebol é isso mesmo, um jogo de equipa.
No final do jogo, em declarações à R.C. Alentejo, Balé enviou o recado para o balneário, colocando inclusive o seu lugar à disposição da direcção e, convidou os jogadores, a sugerirem qual a solução para um problema que parece ganhar contornos que não estavam previstos no inicio da temporada.
Do outro lado, Nelson Generoso, ficou contente com a resposta dada pelos seus jogadores depois da derrota em casa ante o Estremoz, considerando que venceu a melhor equipa em campo.
Quanto ao árbitro da partida, Sr. Gonçalo Brálio, nada há a apontar.
O Corval alinhou com:
Bruno; Álvaro (Pedro Cartaxo); Canilhas; Nuno Bernardino; Mário Amélio; Vitor Bibiu; Zé Belo; António Caeiro; Hélio Santos; David Rodrigues (David Lameira); Balé.
Suplentes não utilizados:
André; Sérgio Fialho; Rui Santinha.
Rui Dener (R.C.Alentejo)
2 comentários:
muitas vezes um treinador fica sujeito a este tipo de situações, para que se evitem é necessário ter uma direcção á altura dos acontecimentos, no entanto o problema na minha maneira de ver, tem que ver com a formação do plantel. Para este tipo de competições tem que se formar um plantel com jogadores voluntariosos, com muita disponibilidade para treinar e muita humildade. Ora bem! penso que é o que não existe, no inicio da época vi um comentário neste blog, que infelizmente veio a confirmar-se, é muito dificil para o mister Balé formar uma equipa para um Domingo, nunca sabendo á partida com quem vai contar no próximo jogo. Pois bem, para evitar este tipo de situações há que formar um plantel com gente disponivel e nunca, mas nunca com meio plantel sem treinar e muitas vezes indisponivel para os jogos. A direcção da CCC tem caido neste erro anos sucessivos. Agora penso que era de bom tom ser a própria direcção a assumir o seu erro aliviando o peso das declarações do seu mister em inicio de época. Para se poder ambicionar ser campeão ou subir de divisão não é só dizê-lo, há que reunir todo um conjunto de condições que á partida já não existiam. No entanto, pessoalmente penso que era legitimo ao mister Balé, querer assumir-se como candidato, afinal de contas já tem umas épocas de Corval e o seu percurso desportivo teve muitos sucessos, é natural que os ambicione.
o que o mister balé não sabia é que em S. Pedro o futebol é secundário, a CCC parece que tem outros objectivos, dá-me ideia que ainda não se apercebeu disso. A CCC é que vai estranhar muito o dia que isso acontecer, perde talvez o melhor treinador que por lá passou.
Enviar um comentário