domingo, 6 de dezembro de 2009

Exibição melhor que resultado!

Num jogo em que as duas equipas precisavam de vencer, a sorte sorriu aos da casa. De facto o S. Romão entrou melhor no jogo ou se quisermos o Corval facilitou em muito a manobra do seu adversário. É verdade que os visitantes apresentaram uma equipa desfalcada de alguns dos seus melhores elementos, e a falta de entrosamento foi notória sobretudo na 1ª parte do desafio, onde o Corval denotou algum nervosismo e talvez até, alguma ansiedade. A verdade é que os da casa foram melhores durante a 1ª metade, sendo a equipa mais objectiva na busca do golo mas também é verdade, que não criou oportunidades para o fazer à excepção de alguns lances de bola parada, como aquele que deu origem ao único golo da partida, na cobrança de um livre no lado direito do ataque, à passagem do minuto 15, Tiago Eufémia quis claramente bater a bola para o coração da área, o esférico sofreu um desvio e traiu o Guarda-redes Bruno que, ainda assim, deixou a ideia de ter sido mal batido. O Corval reagiu bem ao golo sofrido e apesar de não criar oportunidades de golo, não deixou de o procurar até ao intervalo, colocando-se muitas vezes à mercê do S. Romão que se demonstrou durante esse período, ser muito rápido nas transições defesa ataque.
Perto do descanso, António Caeiro que se envolveu muitas vezes no ataque, foi derrubado no interior da grande área, deixando a sensação de ser grande penalidade. De resto A. Caeiro foi na nossa opinião o melhor jogador em campo, pelo acerto defensivo e também pela forma como se inseriu no ataque.
O intervalo fez bem ao Corval que sem muitas opções no banco de suplentes, arrancou uma boa 2ª parte, onde conseguiu jogar a maioria do tempo no meio campo adversário.
Corria o minuto 65 quando se assistiu à melhor jogada do todo o desafio; boa combinação entre António Caeiro, David Rodrigues e Balé, que ia resultando no 1º golo do Corval, não fora Caeiro falhar a emenda à boca da baliza. Sem baixar os braços o Corval remeteu o S. Romão à sua defensiva. A turma da casa que só em esporádicas tentativas de contra-ataque conseguiu chegar perto da baliza adversária, ainda que, sem criar perigo. Foi o Corval quem teve a 2ª oportunidade de golo, mas mais uma vez, a sorte não acompanhou a equipa do Corval, quando mais uma vez, à boca da baliza David Rodrigues não conseguiu dar o melhor seguimento ao lance. Até final o Corval procurou o golo da igualdade, que alem de fazer justiça no marcador, seria um prémio justo para os seus jogadores pela luta e empenho que tiveram na sua busca, no entanto sem o conseguir.
No final do jogo, Balé enalteceu o espírito de luta dos seus atletas, e queixou-se da falta de sorte da sua equipa, não só no lance do golo sofrido, bem como nas duas oportunidades desperdiçadas.
Do lado do S. Romão, Edgar Dias destacou o significado da vitória pelas dificuldades que a sua equipa tem passado a vários níveis e por ter sido contra um bom adversário.
Quanto ao árbitro da partida, o Sr. Mário Carrasco não teve uma tarde difícil, apenas ficaram dúvidas em dois lances; primeiro numa possível grande penalidade sobre António Caeiro e depois num lance entre David Rodrigues e Jaime, guarda-redes da casa, em que este na nossa perspectiva tentou agredir David mesmo nas “barbas” do Juiz, ficando assim uma cartolina vermelha por mostrar.
Pelo “tamanho” das dúvidas, o árbitro, que no nosso entender demonstrou alguma falta de coragem, não nos deixa dúvidas em dar nota negativa.

Rui Dener
RC Alentejo