quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Santana -1 Corval – 1

Sob condições climatéricas bastante adversas, Santa e Corval disputaram um jogo muito “animado” e bastante competitivo.
Ainda as equipas procuravam adaptar-se às especiais e difíceis condições do terreno, quando logo aos dois minutos a equipa da casa se colocou em vantagem com um golo muito feliz de Hugo que, próximo da linha final, no lado direito do seu ataque, tentou tirar um cruzamento levando a bola sobrevoar o guarda-redes Bruno e a entrar na baliza depois de embater no poste mais longe.
Começava bem o jogo para os visitados e da pior maneira para os comandados de Bale.
A formação Corvalense andou depois alguns minutos à nora, proporcionando ao adversário algum assédio à baliza de Bruno, mas, a partir sensivelmente dos 15 minutos, equilibrou e partiu para cima do adversário em busca do prejuízo. E a verdade é que criou várias oportunidades de golos, mas voltou a mostrar-se infeliz no capítulo da finalização. O Santana respondia, a espaços, através da velocidade de Hugo e Mateus, com contra-ataques perigosos, mas sempre controlados pela equipa da Casa de Cultura de Corval.
Ao intervalo o resultado era lisonjeiro para a formação da casa e voltava a penalizar quem tanto desperdiça.
Para a segunda parte a história do jogo não se alterou, com maior ascendente para os visitantes e maior controlo por parte da equipa orientada por António Barbosa, que continuava a apostar tudo em saídas rápidas para o ataque, nesta fase, sobretudo à custa da simplicidade de processos do pequeno Mateus.
Mas Bale não esteve pelos ajustes e partiu o jogo com a entrada de Pedro Cartaxo e a saída de David Rodrigues.
Se por um lado a equipa de São Pedro do Corval apertou o cerco junto da área adversária e voltou a criar, mas também a desperdiçar (portanto mais do mesmo) oportunidades para empatar, por outro expôs-se em demasia a um adversário que tinha no futebol directo e na velocidade da sua dupla da frente as principais armas para acabar com o jogo se, porventura, tivesse chegado ao segundo golo.
Mas, desta feita, o risco corrido por Bale teve efeitos positivos na equipa que acabaria por chegar à igualdade através de um belo golpe de cabeça de Zé Belo, depois de um bom trabalho na direita de Pedro Cartaxo, ele que voltou a entrar bem no jogo – tal como o tinha feito no jogo com o Cabrela, recorde-se que foi sobre ele que foi cometida a grande penalidade que Paulo Bento transformou no golo que deu a vitória à sua equipa – e cimentou os desequilíbrios defensivos por parte do adversário, levando o Corval a ficar muito próximo da vitória no encontro.
Ainda assim, o empate tem que se considerar um resultado justo, por aquilo que as duas equipas fizeram e pela forma abnegada e intensa como todos os intervenientes se entregaram ao jogo, sempre de forma leal.
O Corval pode, voltar, a queixar-se da sorte, ou falta dela, mas a verdade é que colocar a bola dentro das redes adversárias é mesmo um caso sério para os jogadores corvalenses e, quiçá, caso para um estudo psicológico mais aprofundado …
Quanto ao trio de arbitragem, não agradou a ninguém, mas, em minha opinião, sem razões óbvias e fundamentadas que sustentem tanta queixa.
Foram, sobretudo, lances sob a alçada da lei do Fora-de-jogo que levantaram maiores protestos, mas em consciência quem poderá colocar em causa as decisões dos dois auxiliares?
Recordo que em campo estiveram um juiz e um auxiliar jovens, de grande qualidade e com boas perspectivas de um futuro risonho na modalidade e ainda um auxiliar nacional e com muita experiência. Agora que todos erram, lá disso ninguém tem dúvidas, mas será que erraram tanto assim?
No Santana, Mateus foi o elo mais forte da sua equipa e, talvez mesmo, a sua principal arma para atacar as balizas adversárias. Neste jogo, as despesas dos lances mais perigosos pertenceram-lhe.
Por sua vez, Canilhas evidenciou-se na equipa do Corval, pela sua cultura táctica, pelo seu vasto raio de acção no campo e a forma como recuperou bolas que lhe permitiu tanto sair a jogar como colocar a equipa a jogar na direcção da baliza contrária.