quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

“Pontuar fora, parece missão impossível”

Motivado pela vitória caseira da última jornada o Corval iria ter pela frente um adversário ferido no orgulho após duas derrotas consecutivas. Por outro lado, também era sabido que o Corval iria disputar o seu 5º jogo fora de casa e tentar pontuar pela primeira vez fora do seu reduto. Na verdade, o inicio do jogo, trouxe um Corval a tentar adaptar-se rapidamente ao relvado sintético, a jogar na expectativa, dando a iniciativa do jogo ao seu adversário, para depois sair em contra ataque, aproveitando a velocidade de Zé Belo, Ricardo Vitorino e Roberto. Aproveitando esta forma de jogar dos visitantes, a formação da casa tomou conta do jogo, criando algumas situações de perigo junto da baliza de Bruno, contudo, demonstrando alguma intranquilidade, as oportunidades criadas foram sendo desperdiçadas pelos pupilos de Filipe Fialho. Quem tirou partido de tanto desperdício foi o Corval, que ao invés daquilo que nos tem habituado, isto é, a ser ineficaz, conseguiu surpreender, quando ao segundo remate à baliza de Beto inaugurou o marcador. Estavam decorridos 33 minutos, quando o futebol de contenção do Corval deu os seus frutos. Saída rápida para o ataque, Ricardo Vitorino combinou muito bem com Zé Belo, este, fazendo uso da sua rapidez, correu para a baliza e à saída de Beto, colocou o esférico longe do alcance do guarda-redes da casa abrindo a contagem. De certa forma, este golo do Corval foi contra a corrente de jogo, uma vez que, o maior domínio do Arraiolense era por demais evidente. Depois do golo obtido o Corval controlou o jogo até ao intervalo, onde chegou com a vantagem de um golo, mas sobretudo com confiança para a segunda metade, onde poderia explorar a hipotética intranquilidade da turma de Arraiolos, que se arriscava à terceira derrota consecutiva. No reinício da contenda, Filipe Fialho trocou o lateral esquerdo tirando André (desconhecemos se por lesão ou opção táctica), fazendo entrar Vale. Com esta alteração, embora fosse defesa por defesa, o Arraiolense recomeçou o jogo da mesma forma como tinha feito nos primeiros minutos. O Corval, manteve a mesma toada e embora o domínio, quer territorial quer de posse de bola, pertencesse aos da casa, o jogo parecia controlado pelos visitantes, que por duas vezes poderiam ter arrumado a questão a seu favor. Primeiro por Balé, na cobrança de um livre a que Beto correspondeu com uma grande defesa, depois por Zé Belo, que apareceu solto de marcação à entrada da pequena área, desferiu um golpe de cabeça mas Beto, mais uma vez, estava no caminho da bola. Ao minuto 63, jogada de insistência do ataque “canarinho”, Alex desceu muito bem até à área do Corval, aparecendo solto para cabecear frente a Bruno que nada podia fazer. Estava feito o empate, e diga-se em abono da verdade, colocada justiça no marcador. Motivado pelo golo, o Arraiolense não abrandou a velocidade nem a pressão, ante um Corval que tentou levar o empate até final da partida. No tempo de compensação, Alex voltou a marcar, desta feita na transformação de uma grande penalidade. Cruzamento efectuado do lado esquerdo, Bruno falha a intercepção do esférico, a bola sobrou para Márcio, que de fora da área, desfruiu um potente remate só travado por João Mendonça sobre a linha de golo, de resto, lance que valeu a expulsão do jovem defesa esquerdo do Corval. No final, talvez o empate fosse o resultado mais justo, ainda que a vitória difícil assenta bem ao Arraiolense.
O árbitro da partida, Sr. Ricardo Ferreira, protagonizou aquela que talvez tenha sido a melhor arbitragem vista por nós esta temporada.

O Corval alinhou com:
Bruno; Canilhas; Nuno Bernardino; João Mendonça; David Lameira; Zé Belo (Rui Santinha); António Caeiro; Roberto (Hélio Santos); Ricardo Vitorino; David Rodrigues; Balé,



Suplentes não utilizados: André; Sérgio Fialho