segunda-feira, 29 de novembro de 2010

“Guerreiros até ao fim!”

À partida para a 8.ª jornada o Corval apresentava-se com algumas limitações (na teoria), nomeadamente no eixo da defesa onde António Caeiro e David Lameira, habituais centrais, estavam a cumprir castigo. No entanto, a linha de meio campo apresentada por Balé, com Paulo Bento, Nuno Bernardino (regressados ao onze) e Cláudio Canilhas, deram garantias de criatividade e qualidade de jogo pouco vistas até agora no campeonato, claro está, nas equipas já observadas por nós, o que, de certa forma ajudou a proteger o centro da defesa, onde Balé e Álvaro, deram conta e sobraram para as encomendas. De facto este Corval, que na nossa opinião efectuou o 2º melhor jogo da temporada (só superado pelo desafio frente ao Borbense), foi sem dúvida o justo vencedor deste encontro ante o S. Manços. Sem temer o 2º ataque mais concretizador da prova e uma das defesas menos batidas, o Corval enfrentou o jogo com a coragem que lhe era exigida. A jogar em casa, assumiu o jogo desde o primeiro apito do árbitro, à semelhança do que já havia feito noutras partidas, dispondo de algumas oportunidades para marcar até aos primeiros quinze minutos. Contudo, apesar do bom jogo que estava a realizar, o Corval não conseguiu até esse período de jogo, materializar em golos a sua superioridade, fazendo pairar o fantasma de outras partidas, como por exemplo na jornada anterior, em que entrou bem, não marcou e o descrédito instalou-se na equipa, o que acabou por ser fatal. O mesmo filme estava novamente em exibição, após 15 minutos jogados, o S. Manços equilibrou a partida a meio campo e criou alguns lances de perigo junto da baliza do Corval. Primeiro através de Pereira, na cobrança de um livre directo obrigou Bruno a uma grande defesa, depois foi Luís Santos a enviar o esférico à barra. O fantasma era cada vez maior. Só nos últimos 10 minutos do primeiro tempo é que a equipa da casa deu uma “sapatada” no jogo. Esteve perto de marcar quando Vitor Bibiu, depois de uma excelente jogada de Roberto, rematou forte para a baliza onde estava Luís Santos sobre a linha de golo a fazer o que Nazarete (guarda-redes do S.Manços), não conseguiria fazer, ou seja, evitar o golo do Corval. Durante a 1ª parte ainda houve tempo para uma grande jogada de Paulo Bento que nos deixou a sensação de ter sido derrubado por Nazarete na grande área, pelo que ficou por assinalar uma grande penalidade. Ao intervalo o nulo justificava-se pois os 45 minutos jogados acabaram por ser equilibrados. A 2ª metade contou uma história diferente. O S. Manços teve os primeiros minutos de bom nível e criou mesmo uma oportunidade de golo, valeu Bruno com mais uma grande defesa. Na resposta o Corval inaugurou o marcador por Vítor Bibiu, que já merecia o tão procurado golo, por ele e pela equipa. Na sequência de um canto, a confusão instalou-se junta da baliza forasteira, depois de vários remates apareceu Bibiu para resolver a questão. Apenas 3 minutos volvidos, os da casa ampliaram a vantagem por intermédio de Paulo Bento. Este 2º golo do Corval deitou por terra todas as aspirações do S. Manços. A partir desse momento o Corval geriu o jogo a seu bel-prazer. Deu mesmo a iniciativa do jogo ao seu adversário, chamando-o para o seu meio campo, para depois desferir rápidos contra ataques, tirando proveito da velocidade de Zé Belo e de Bibiu. O Corval estava confortável com este tipo de jogo, Balé refrescou o ataque colocando Pedro Cartaxo no lugar do esgotado Vítor Bibiu. Mais tarde tirou Roberto e entrou Rui Santinha para evitar surpresas no eixo da defesa e Zé Belo acabou também por sair após ter sido tocado por um adversário, dando o seu lugar a Hélio Santos. Com estas alterações o Corval não perdeu eficácia no seu jogo, mantendo-se compacto na defesa e veloz no ataque com Paulo Bento e Nuno Bernardino a pautarem o jogo a meio campo. Já perto do fim da partida, Hélio Santos desperdiçou a ensejo de fazer o 3º golo da formação da casa. Apareceu isolado só com Nazarete pela frente, o jovem do Corval rematou de forma a permitir a defesa do guardião visitante para canto. Na sequência desse canto, aconteceu a jogada mais bonita de todo o desafio. Balé bateu curtinho para Paulo Bento, este entendeu-se bem com João Mendonça que lhe devolveu o esférico, permitindo a Paulo Bento serpentear pela grande área do S. Maços, deixando 3 adversários no chão e Nazarete sem hipótese de evitar o 3º golo da turma da casa. Já no último minuto do tempo de compensação, esta jogada foi sem dúvida a cereja no topo do bolo.
Foi uma vitória justa, que não merece qualquer contestação, no entanto, parece-nos por números que o S. Manços não merecia por tudo o que fez ao longo de todo o encontro.
Quanto ao árbitro da partida, Sr. José Rosado, não teve uma tarde particularmente feliz, também não contou com a ajuda do seu auxiliar do lado dos bancos, que nos lances que podia e devia ter decido, não esteve bem.
O Corval alinhou da seguinte forma: Bruno; Álvaro; Canilhas; Nuno Bernardino; João Mendonça; Vítor Bibiu (Pedro Cartaxo); Zé Belo (Hélio); Roberto (Rui Santinha); Paulo Bento; David Rodrigues; Balé.

Suplentes não utilizados: André; Sérgio Fialho;
Rui Dener (R.C.Alentejo)