terça-feira, 16 de novembro de 2010

“No meio esteve a virtude”

No segundo encontro desta época entre Corval e Estremoz, a formação das terras do mármore voltou a levar a melhor.
Desta feita, na partida a contar para a 2ª eliminatória da taça distrito de Évora, a vitória do Estremoz foi mais curta do que no jogo para o campeonato. O Corval, que pretendia dar uma imagem diferente daquela deixada no jogo para o campeonato, desde o apito inicial assumiu as despesas no jogo, e causou algum embaraço ao seu adversário. Esta entrada forte do Corval durou apenas 10 minutos. Após esse período, o Estremoz não só equilibrou o jogo como tomou conta dele. O Corval embora reforçado no seu meio campo com a estreia de Paulo Bento, não conseguiu contrariar o bem organizado bloco do Estremoz, de resto, a formação do Corval só por duas vezes incomodou o guarda-redes Xuma. Uma vez por Roberto a outra por Paulo Bento. Para lá disto, pouco mais o Corval teve oportunidade de fazer durante a 1ª parte, além de reclamar uma grande penalidade a seu favor, devido ao alegado derrube de Zé Belo, que também a nós nos deixou a ideia de ter acontecido. Por seu turno, o Estremoz com um meio campo muito forte e experiente, tomou conta do jogo e pressionou a equipa da casa de tal forma que esta parecia estar amarrada num colete-de-forças, sem alternativa para contrariar o melhor futebol Estremocense. Numa das boas jogadas de ataque do Estremoz, Fábio silva, foi derrubado na área do Corval por David Lameira. Este lance que nos pareceu bem ajuizado pelo árbitro, permitiu a Tracanas, que chamado a converter, não desperdiçou a oportunidade de inaugurar o marcador. Havia 32 minutos jogados e os forasteiros justificavam a vantagem que levaram para as cabines ao intervalo, sobretudo pelo futebol que praticaram e por aquilo que não deixaram o Corval fazer. No reatar do jogo, o Corval voltou a entrar mais forte que o adversário deixando no ar a ideia que poderia dar a volta ao jogo, afinal, estávamos perante duas equipas, que daquelas já vistas, são as que praticam melhor futebol. A reacção da turma da casa não durou muito tempo, pois o Estremoz cedo voltou a pegar no jogo e aos 8 minutos da 2ª metade (53 na globalidade), chegaram ao segundo golo numa jogada rápida de contra ataque, onde veio à tona a maior experiência da equipa visitante. Até aos 75 minutos o Estremoz teve a oportunidade de aumentar a vantagem, só não o fez porque David Lameira o evitou sobre a linha de golo. Ao minuto 77, o Corval marcou por intermédio de Pedro Cartaxo (segundo jogo consecutivo a marcar), reduzindo a desvantagem e, diga-se em abono da verdade, um golo merecido pelo esforço e entrega ao jogo dos Pupilos de Balé, de facto, a partir deste momento o Corval mandou no jogo, não só pela motivação de ter marcado, mas também pela substituição efectuada por José Carlos Mourão (treinador do Estremoz), ao tirar Tracanas no momento em que sofre o golo e antes da partida ser reatada. Tracanas que enquanto este em campo foi um quebra-cabeças para a defensiva do Corval que passou por momentos de algum desnorte. Arriscou bastante o técnico visitante, que deu de bandeja o jogo ao adversário quando ainda faltava mais de 15 minutos de jogo se tivermos em conta o tempo de compensação. Correu tudo bem para o Estremoz que soube defender-se bem do ataque do Corval. O resultado não se alterou até ao final e quem assistiu ao jogo, viu uma partida de futebol bem disputada com momentos de bom futebol, onde se destacaram no Corval, Paulo Bento, Roberto, João Mendonça, Nuno Bernardino e Pedro Cartaxo, que além do golo, entrou com vontade de dar outro rumo aos acontecimentos.
Quanto ao Estremoz tem um meio campo fortíssimo, e com jogadores como Fábio silva, Nuno Abegão, Fábio Tracanas, Soares e companhia, fazem desta, uma equipa de outro campeonato, entenda-se de outro escalão.
Neste jogo de taça, só uma das duas equipas seguiria em frente, na nossa opinião seguiu a que melhor esteve em campo.
Quanto ao árbitro da partida, Sr. Luís Godinho, não teve uma grande actuação e ainda contou com a ajuda dos auxiliares para dar um tom mais negro ao seu desempenho.

Rui Dener (R.C.Alentejo)