À semelhança de outros derbies, também este do concelho de Reguengos, tem a sua emoção e incerteza no resultado. Este que contava para a jornada 15 do campeonato não foi excepção. Frente a frente duas equipas com objectivos muito diferentes. Se por um lado tínhamos o Perolivense com a passagem à 2ª fase quase garantida, bastando-lhe para isso 1 ponto. Do outro, estava o Corval, que poucos mais podia aspirar do que a vitória num jogo com este carácter. Talvez ninguém esperasse a entrada de rompante dos “azuis”, a jogar em casa do líder temia-se que o Corval entrasse no jogo algo receoso. Puro engano. A pressionar a toda a largura do terreno, o Corval adiantou-se cedo no marcador, logo aos 5 minutos na cobrança de um livre na esquerda do ataque, Vítor Bibiu apareceu isolado à boca da baliza e fez o 1º golo do desafio. Era muito cedo e a questão passava por saber como é que as duas equipas iriam reagir à situação. A resposta chegou de imediato. Com o Corval balanceado no ataque, o esférico foi colocado nas costas da defensiva dos visitantes, Pirica, solto de marcação correu alguns metros e à entrada da área desferiu um remate sem qualquer hipótese de defesa para o guarda-redes Bruno. Estavam decorridos apenas 8 minutos de jogo e já havia dois golos. A coisa prometia. Até ao intervalo o jogo continuou na mesma toada, ou seja, o Corval com melhor futebol, mais apoiado, com maior domínio territorial. No entanto as oportunidades de golo dividiram-se. Destaque para a bola na barra da baliza do Corval e também a falha de Vítor Bibiu, que depois de correr metade do campo isolado, falhou a finalização ao permitir que Fábio Silva o atrapalhasse. Ao intervalo a igualdade no marcador demonstrava o equilíbrio em que decorreram os primeiros 45 minutos. A 2ª metade do encontro trouxe outra realidade. O Perolivense, sem o excesso de confiança que apresentou no inicio do jogo e o Corval, que a partir dos 20 minutos quebrou fisicamente. Quer isto dizer, que a formação da casa sem ter feito um grande jogo, acabou por beneficiar das dificuldades físicas dos visitantes e sem forçar muito acabou por chegar ao golo na sequência da marcação de um livre no lado canhoto em que Muga deu o melhor seguimento a jogada ensaiada. Do lado do Corval pouco ou nada havia a fazer. A história repetiu-se novamente, uma equipa que desperdiça muitas oportunidades e depois, sofre golos em circunstâncias no mínimo estranhas. No final, vitória para a formação da casa, que teve a estrelinha de campeão e foi sobretudo, mais eficaz. Parabéns para o Perolivense que a 3 jornadas do fim conseguiu assegurar a passagem à 2º fase do campeonato.
Quanto ao árbitro da partida, Sr. Jorge Carretas, fez na nossa opinião uma arbitragem regular, apesar de alguns jogadores lhe terem complicado a tarefa.
Nesta partida o Corval alinhou da seguinte forma:
1-Bruno (CAP); 3-Álvaro; 4-Canilhas; 8- David Lameira; 9- Vítor Bibiu; 15-António Caeiro; 16-Roberto (7-Tiago Conceição); 20-Ricardo Vitorino (10 Sérgio Fialho); 21-Nuno Bernardino; 22 David Rodrigues; 23-Balé
Rui Dener ( RC.Alentejo)
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