terça-feira, 19 de abril de 2011

C.C.CORVAL – 2 ARRAIOLENSE – 0

E TUDO O BENTO LEVOU

Numa tarde de muito calor, Corval e Arraiolense nunca se adaptaram à temperatura elevada e realizaram um jogo frio, desligado e, quase sempre, mal jogado, ou não estivéssemos já na reta final de uma temporada que já vai longa.
A equipa do Arraiolense entrou melhor no jogo e realizou uma primeira meia hora de algum fulgor, com mais posse de bola e, sobretudo, com mais situações de perigo junto da baliza defendida por Bruno.
E foi contra a corrente do jogo, quando ainda não tinha sequer importunado o guarda-redes contrário, que a equipa da casa chegou ao golo através da marcação de uma grande penalidade. Paulo Bento foi derrubado em plena área e o próprio fez questão de bater o «penalty», para gáudio dos adeptos da Casa de Cultura. E nem o facto de haver um Leão na baliza impediu que este fosse enganado por um pé direito de eleição e completamente fora deste contexto, o mesmo é dizer, do Distrital.
Mas, o futebol é mesmo assim e, a verdade, é que cabia à formação de Bale aproveitar este grande balão de oxigénio para “agarrar” o jogo e garantir o mais importante: os três pontos. Ao intervalo o golo de Paulo Bento dava vantagem aos da casa, mas deixava antever igualmente uma forte reacção dos visitantes que, até ao golo do Corval, tinha estado mais por cima no jogo.
Só que na segunda parte tudo foi diferente, para melhor para a equipa de Bale.
Mais personalizada, com mais bola e sempre muito bem posicionada no terreno de jogo, não só não voltou a dar as veleidades que deu na primeira parte ao adversário, como ainda apareceu organizada a sair para a frente e a jogar no meio campo ofensivo. Aliás, registe-se que, pelo menos nos jogos em casa, a equipa da Casa de Cultura superioriza-se sempre aos adversários, em termos de jogo, posse de bola e físicos, durante as segundas partes, o que indicia uma melhor capacidade física e, desde logo, um melhor trabalho nesta área.
O Arraiolense tentava responder mas as forças e o discernimento dos seus jogadores não eram os mesmos, pese embora a excelente atitude e organização demonstradas ao longo dos 90 minutos. Pode dizer-se mesmo que só um Bento forte levou ao tapete a equipa orientada por Filipe Fialho.
Em mais um trabalho individual extraordinário, Paulo Bento fez um golo de bandeira, agora já com uma equipa atrás de si a funcionar em pleno, e acabou com a indecisão no jogo, entregando à sua equipa três pontos preciosos.
Uma vez mais, Bale voltou a mexer bem, colocando em campo o “espalha-brasas” Pedro Cartaxo (sempre que entra mexe com o jogo), o calculista e sempre eficiente na defesa do seu último reduto, Fernando, e o tranquilo Sérgio Fialho, levando a partida até ao final ao seu ritmo e gerindo-a a seu bel-prazer. Já Filipe Fialho não teve tanta sorte nas alterações operadas, muito por culpa do próprio desenrolar do jogo, já com o Corval a controlar o meio campo e os seus jogadores mais fatigados. Ainda assim, ele e a sua equipa, estão de parabéns pela réplica e organização demonstradas, mas o segundo golo do Corval acabou com as aspirações de um resultado positivo, curiosamente, novamente quando o Arraiolense tentava pressionar mais a zona defensiva da formação da casa.
Quanto a Bale e aos seus pupilos, está tudo dito. Em casa é para ganhar, seja contra quem for, e mais uma vez a equipa conquistou uma vitória tão justa quão importante para esta fase final da época.
Quanto ao trio de arbitragem, não teve problemas para dirigir o jogo, tendo realizado uma boa actuação, ainda assim, apenas um reparo ao Árbitro Pedro Correia, que tem qualidade: deve ter mais atenção à questão da “lei da vantagem”. O apito deve servir apenas para o essencial e não para o aleatório. Não se pode beneficiar o infrator, para mais quando a bola se encontra perfeitamente jogável por parte da equipa contrária. É injusto para a equipa que sofre a falta e penalizador para o publico e o futebol.

Joaquim Oliveira – RC Alentejo

1 comentário:

Anónimo disse...

vitoria justa do corval, bela segunda parte. nao posso é concordar com o resumo do jogo onde diz que a equipa em casa tem sido sempre superior nas segundas partes e sempre melhor fisicamente, pois sinceramente um dos aspectos que o corval devia melhorar era mesmo esse.